terça-feira, 24 de março de 2009
quarta-feira, 18 de março de 2009
domingo, 15 de março de 2009
ctrl C ctrl V
domingo, 8 de março de 2009
Manual de Amor ao Artista
Para se amar um artista tem que saber ser livre.
Não falo do amor livre, aquele desvairado em que nada importa, em que corpos
e bocas diversas fazem parte de tudo sem mesmo fazer parte de nada. Não é
desse que falo. Absolutamente também não falo de amor livre desses que quase
já não há amor. Aquele que as pessoas fingem se amar, fingem se importar mas
na verdade não. Olham para o lado sempre a procura de algo melhor e sofrem
por dentro por não saber o que procurar. Não é desse amor que falo.
Na verdade nem quero dizer nada sobre amor livre. Não é o amor que deve ser
livre.
Nós temos que ser livres.
E ser livre não significa ser rebelde, adverso, descompromissado ou
desinteressado. Ser livre não significa fazer o que acha que deveria para
parecer independente. Ser livre não significa agir inconsequentemente sem se
preocupar com o que o outro sente, com o que o outro pensa, com que o outro
precisa. Ser livre não é estar ausente.
Aliás, acho que esse é um dos maiores desafios da liberdade: estar presente.
Porque pra você ser livre você tem que entender o mundo, a diversidade dos
sentimentos, a diversidade de pessoas, a diversidade de idéias e opiniões.
Você tem que fazer suas escolhas sem ferir as alheias, sem prender, sem
forçar, sem dominar.
Ser livre não é estar no topo, é estar. Apenas.
E pra se amar de verdade um artista é preciso entender que nada é o que
parece, que as coisas mudam e quem nem sempre dão certo. É preciso entender
que sonhos podem virar realidade - nem que seja somente na ponta do lápis -
mas que nem sempre esses sonhos são reais. Podem ser só sonhos do artista. É
preciso entender que as horas passam, os dias passam, os anos passam e ele
vai estar sempre lá, apaixonado pelo trabalho (que vai ser o único amante
verdadeiro se sua vida).
Por esse motivo o artista ama seu trabalho: porque é livre.
Para se amar um artista é preciso olhar com atenção e se deixar ser olhado.
É preciso estar só e deixar só - sem realmente estar em ambos os momentos. É
preciso criar: rotinas dentro do caos, novas histórias dentro da história,
motivos pra amar, espaços pra viver.
É estar lá e saber que o artista também vai estar. É sentir e saber que o
artista também vai sentir. É amar e saber que o artista também vai amar. Sem
necessariamente ele ter que provar isso a todo momento.
As provas de amor de um artista vêm através de sua arte. O quanto mais ele
ama, mais ele se sente criador.
Não que o artista não crie também quando está triste ou desamado - mas aí é
quando o amor próprio fala.
Ele às vezes vai parecer distante, às vezes vai parecer frio, às vezes vai
parecer triste - e não vai ser por sua causa. O artista sofre, sozinho, de
sua própria criação.
Ele às vezes vai parecer animado, às vezes vai parecer eufórico, às vezes
vai parecer feliz. Aproveite sempre esses momentos com ele.
Mas não quero dizer com tudo isso que amar um artista é uma entrega
solitária. Ele também vai te amar, e te agradar, e te respeitar: se você for
livre.
Livre pra amar seu jeito desconexo. Livre pra entender suas ausências. Livre
pra admirar suas criações. Livre pra controlar o ciúmes. Livre pra se
ausentar sem jogos. Livre pra viver sem amarras. Livre pra amar sem medo.
Livre sem medo de ser amado da forma que ele souber amar.
Para se amar um artista tem que se entender que o amor é livre, sem
necessariamente ser o amor livre desvairado ou o amor livre desinteressado.
O amor é livre pois é pessoal, individual e intransferível. É variável
dentro de uma mesma forma e simples o suficiente para assustar.
Para se amar um artista tem que saber que não importa o que acontecer, se
você for digno de receber amor - qualquer tipo de amor - ele será seu.
Inevitávelmente.
Pode parecer complicado, muitas regras, muitos problemas... mas não, não é
assim.
A grande questão que você precisa saber responder para saber se pode ou não
amar um artista é: Você sabe ser livre?
Se a resposta for não, eu sinto muito.
Se a resposta for sim, então apenas te informo que, se você for realmente
livre, o artista te amará antes que você o ame - e não há como não amar um
artista apaixonado.
Autor: desconhecido
quinta-feira, 5 de março de 2009
AR
Sou um Bruxo do leste,
Tenho o dom da Vidência
Meu poder é o intelecto e a razão
Meu melhor sentido é o Olfato
Gosto do Inverno
Crio Borboletas pretas
Espada é o objeto do meu signo
Meu naipe é Espadas
Gosto de cores escuras e Amarela
Meu elemental é Silfos
O Salgueiro, Sálvia e Verbena são minhas ervas preferidas
terça-feira, 3 de março de 2009
Ao meu remédio;
As 19:20
E é o primeiro caso que sei
que o vício ao primeiro uso
Peço só mais um pouco
de sua dose. O café foi só reforço.
Dose vezes seria superdose
De tanto querer, de tanto precisar
Peço a domicílio ou entrarei em Abstinência.
Não posso chamar isso de dor de cabeça
Passa a ser uma manifestação nos meus neurônios
Que se chama SAUDADE