segunda-feira, 14 de janeiro de 2008


Já me enchi de ter que tomar tantas decisões na vida. Eu sei, dizem que a vida é uma escolha, e o que nos diferencia dos cachorros é nossa capacidade de escolher entre o bem e o mal. Mas com o passar do tempo, a quantidade de coisas que temos que escolher, as situações que nos aparecem para tomar decisões são tantas - um verdadeiro bombardeio, que estou pensando seriamente em passar todas essas decisões para os cachorros. Eles que decidam!

Onde vamos no final do ano? Caso ou compro uma bicicleta? Qual prato escolher no cardápio? Bonzinho ou Mau? Devo falar com esse ou com aquele? Troco ou não troco de carro? Faço ou não faço tal trabalho? Em quem votar? Mando à merda ou deixo pra lá? Sei lá, liga pro meu cachorro e pergunta!

Sou amante da dúvida, nunca gostei de tomar decisões. Prefiro ir no embalo. Mesmo porque as coisas mais legais da vida são aquelas que aparecem naturalmente, surpresas que cruzam o caminho, ventos que levam pra lá ou pra cá. Se é algo que exige uma decisão, nunca é tão legal. Tá certo que na infância é uma merda, não se pode decidir nada, os pais é que decidem e não há o que se possa fazer – embora hoje em dia acho que, tomadas as devidas proporções, mais vale uma criança frustrada do que um moleque mimado. Daí vem a adolescência e abre-se aquele puta horizonte, mas adolescente vive em grupo e tem sempre alguém pra tomar decisões pros outros. Então é fácil, passo minha adolescência inteira no oba oba, não decido nada. Só não podia me abster de escolher os amigos certos, que isso é fundamental. Aí era só soltar o freio de mão.

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