segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

O GUARDA "chuva"




Ontem o vagabundo viu uma estrela cadente, mas não encontrou nenhum pedido no bolso. Seu bolso estava rasgado e os pedidos tinham caído, se transformado em rastro. Rastros... rastros... rastros...

E quem veio atrás do vagabundo encontrou seus medos, sonhos... Mas não encontrou o seu amor. O vagabundo enterrou seu coração para que ele tornasse árvore. Pois as árvores conhecem as palavras de cada estação e as entendem com paciência.

Começou a chover e o vagabundo não armou seu guarda-chuva, pois nenhum guarda-chuva guarda águas que caem com liberdade.

Guilherme Di França

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