sábado, 8 de novembro de 2008

Medo de altura


Era de noite, verão, e estava quente. Peguei o elevador que não parava de subir nunca e fui até o topo. Nomeio do caminho já começava a ma arrepender. Se é coisa de dar gelo na barriga, nos pés e nas mãos é altura. E aquela droga de prédio parecia que tinha mais de 100 andares. Mas chegando lá em cima não voltaria pra traz. Tomei coragem e fui até a beirada onde várias outras pessoas se debruçavam olhando a vista e fazendo comentários. Vantava frio e do parapeito onde encostei olhando para frente, se via uma névoa fina que cobria todo o céu. Respirei fundo e olhei para baixo, e foi aí que vi, lá muito longe, a cidade na qual eu estava.
Os prédios pequenos, as casas minúsculas, os carros microscópicos... e as pessoas?
As pessoas, não dava pra vê-las. E foi aí que eu percabi o quão pequeno nós somos.
IN-SI-GUI-NI-FI-CAN-TES!
Comecei a rir. Ri de todos os meus problemas. Ri de todos os meus medos. Ri de todos meus sonhos de todo mundo. Ri de mim mesmo. E ri de toda a humanidade. E continuei a rir. Ri tanto que joguei a cabeça pra trás e sem pensar dei de cara com o céu e começei a imaginar Deus olhando pra baixo. O que é que ele veria de tão alto? Ele não veria nada. Não enxergaria ninguém.

Quase chorei.

Um comentário:

Anônimo disse...

Show de bolaaa